São tantas coisas para serem ditas que muitas vezes se perdem no não dito. Coisas que hoje fazem sentido, mas amanhã já não têm sentido algum.
Sempre tenho algo para postar aqui, mas não posto, esperando que a ideia amadureça, mas, na verdade, ela fica tão madura, que passa do tempo.
Tantas sensações e fatos. O meu reencontro com a música, que há muito tempo eu já não parava mais para ouvir algo que não conhecesse por falta de tempo, para me dedicar e aprender a apreciar. A vontade de voltar a fazer croché... tantas coisas aparentemente sem ligação, acontecendo assim simultâneamente e sem ser sistematizado.
Esta semana, me deparei com algo tão contraditório, que, na verdade, sempre esteve diante dos meus olhos, porém só agora percebi: estou há quase 6 anos no curso de letras, para aprender, além de Linguística e Literatura, a ministrar estes conteúdos de modo inovador, que acabe por contribuir, mesmo que individualmente, para a melhoria da educação e do aprendizado.
Então, tenho passado os últimos semestres cursando disciplinas de estágio, para melhorar a metodologia do ensino de Língua Portuguesa, lendo textos que criticam a estruturação da disciplina de Língua Portuguesa e a oposição que se estabelece entre Linguística e Literatura na sala de aula e, de repente, percebo que estou realizando estágio da disciplina de Estágio em Ensino de Língua Portuguesa, que exclui literatura do seu programa, e vou para a sala de aula, me meter no programa da professora do ensino médio, que contempla gramática e literatura, e peço para ministrar duas, das suas três aulas semanais, sem ensinar Literatura.
Agora eu pergunto: porquê, se a língua é uma só? se quando eu estiver em sala de aula, sem estagiar, vou ter que ministrar ambas e saber romper as barreiras dicotômicas para construir diálogos entre essas duas matérias? Não serei formada em ambas? Esquisito, né? Ou não? Se quiser, por favor, deixe aqui sua opinião.
